Oxenaar, the money maker
Robert Deodaat Emile Oxenaar nasceu em Haia (The Hague) em 1931, e formou-se designer pela tradicional escola KABK – The Royal Academy of Art. Aos 76 anos de idade, Ootje como é conhecido, ainda leciona no departamento de design gráfico da Rhode Island School of Design, nos Estados Unidos. Entre 1966 e 1985 trabalhou para o Nederlandsche Bank (Banco Central Holandês) desenvolvendo uma nova série de cédulas para o florim: um trabalho reconhecido internacionalmente pela sua beleza e pela altíssima qualidade técnica.
Por sua determinação em fazer um bom trabalho, ele foi um dos responsáveis pela mudança de mentalidade dentro do então tradicional meio responsável pelas cédulas holandesas, o impressor Joh. Enschedé – empresa particular de Haarlem que vinha produzindo o papel-moeda holandês desde o início do século XIX. Nas cédulas por ele projetadas no final dos anos 60, os rostos dos retratados possuíam um tratamento gráfico diferente de tudo o que havia naquela época em se tratando de dinheiro: eram caricaturas, e não as tradicionais gravuras. Mais tarde, inovou também ao retratar a fauna e a flora, e elementos nacionais nas cédulas de 50, 100 e 250 florins.
Oxenaar é conhecido pelo aspecto lúdico de seu trabalho, tendo inclusive inserido mensagens secretas, imagens escondidas e referências pessoais nos projetos desenvolvidos para o banco central holandês. Com um trabalho de qualidade técnica irretocável, provou que um design funcional de bom gosto não precisa ser sisudo e sem vida. Na década de 80, trabalhou como diretor da empresa PTT (Dutch Postal Telegraph and Telephone) e projetou diversos selos postais ao longo dos últimos 40 anos.
Esse verbete possui enxertos feitos a partir do projeto de graduação de Guilherme Tardin, para Esdi em 2000. As imagens do concurso do Euro foram cedidas pelo mesmo.