Gerard Unger

O professor Gerard Unger nasceu em Amsterdam, na Holanda, em 1942. Estudou design gráfico e design tipográfico de 1963 a 67 na Gerrit Rietveld Academy (Amsterdam) onde leciona há mais de três décadas. Desde então alia sua extensa produção acadêmica com uma atuação profissional de destaque, sobretudo no campo da tipografia e projetos de sinalização. Como professor visitante, orienta monografias no tradicional departamento de Tipografia e Comunicação Gráfica da Universidade de Reading, Inglaterra, e desde setembro de 2006 é professor de Tipografia na Universidade de Leiden, na Holanda.

Além de ser o responsável pela formação e orientação acadêmica de toda uma geração de tipógrafos, trabalha como freelancer desde 1975, tendo desenvolvido inúmeros projetos, como selos, moedas, revistas, jornais, livros, logotipos, fontes digitais, identidades corporativas e relatórios anuais, entre outros.

Recebeu diversos prêmios internacionais pelo conjunto de sua obra tipográfica, assim como teve seu projeto Swift agraciado em 1988 pelo prêmio Gravisie (Holanda). É autor ainda dos projetos Amerigo, Demos, Hollander, Oranda, Paradox, Argo, Flora e Praxis. Regularmente publica artigos científicos na imprensa internacional procurando sempre relacionar seus conhecimentos no segmentado âmbito da Tipografia com perspectivas culturais múltiplas.

Participou do desenvolvimento de alguns projetos filatélicos para a Dutch PTT.

1. par de selos projetados por Gerard Unger, Holanda 1990.

2. família tipográfica Swift, 1985.

3. projetos tipográficos: Oranda (1987) + Vesta (2001)

4. capa do livro ‘Terwijl je leest’ (while you’re reading), Unger 1995.

5. projetos de sinalização para rodovias e estações.

Neville Brody

Neville Brody é inglês - nasceu em Londres em 1957, mas também deu sua contribuição para a filatelia holandesa, mantendo a tradição deste país em prestigiar grandes profissionais das artes gráficas.

Formado pela London College of Printing (76-79) o designer gráfico, diretor de arte e tipógrafo Neville Brody mergulhou no universo da música independente ainda no início dos anos 80, construindo rapidamente uma reputação pela qualidade experimental de seu trabalho gráfico. Seus primeiros trabalhos foram capas de discos para gravadoras alternativas, onde começou a tomar forma uma linguagem inconfundível – que o tornaria um dos profissionais mais conhecidos do design gráfico internacional.

Na década de 80 esteve no comando da revista Face, onde desenvolveu um trabalho experimental responsável por revolucionar o design gráfico editorial. Dirigiu diversas outras publicações, assim como reformulou os jornais londrinos The Guardian e Observer, implementando projetos de enorme qualidade técnica e ainda assim explorando os limites da comunicação visual. Em seus trabalhos Brody exercitava a ferramenta tipográfica como poucos, muitas vezes desenvolvendo fontes digitais posteriormente lançadas no mercado. Em 1990 abre junto a Stuart Jensen a distribuidora Fontworks. Pouco depois torna-se diretor da FontShop International e lança a revista experimental de tipografia FUSE.

Ainda em 1988 publica a primeira de suas duas coletâneas 'The graphic language of Neville Brody 1 e 2' que rapidamente se transforma em um fenômeno de vendas no mercado editorial de design. Junto com o sócio Fwa Richards em 1994, Brody abre as portas da Research Studios: agência de design baseada em Londres onde viria a consolidar sua atuação no mercado editorial e corporativo. Desenvolve projetos para clientes espalhados por todo o mundo, como Japão, Holanda, França, Áustria, Alemanha, Reino Unido e Brasil. Atualmente a agência conta com filiais em Berlin, Nova Iorque e Paris.

Em 1992 a empresa de correios Dutch PTT contrata Neville Brody para desenvolver um conjunto de selos comemorativos da mostra Floriade - a maior e mais tradicional exposição de flores da Holanda. Nessa oportunidade, Brody usa pela primeira vez em um projeto comercial o programa de manipulação de imagens Photoshop, lançado pela Adobe em 1990. O trabalho desenvolvido ao longo de 4 meses é o resultado de uma intensa exploração das capacidades do programa, apresentando uma coleção de imagens onde o designer se aventura junto aos primeiros recursos de criação digital.

1. Capas dos livros The Graphic Language of Neville Brody 1 e 2.

2. Fonte digital FF Blur, Brody 1992.

3. Embalagens desenvolvidas para Macromedia, RS 1995-2001.

4. Trabalhos de Brody, revista FUSE + ICA.

5. Selos postais, série Floriade, 1992.

6. Experiências visuais desenvolvidas para o projeto Floriade, 1992.